Minha estrangeira

       
Há uma sala de espera
No estandarte do pensamento,
Onde é raro o acontecimento,
Se é que alguém o fizera.

Há um vestido preto
Uns fios de cabelo a dançar,
Claridade de um olhar
Na fricção de um sorriso ainda mais luzente.

No entanto, desconhecido,
Tanto por aprender
sem somente querer acordar.

Minha estrangeira
direi,
Quebra o que nos falta e
Conclui que somos nós
Não eu, não tu.
Nós.

Estou confuso.
Nunca fui assim repentino

Não quero evitar.
Tu és bonita.
Tudo o que te faz existir é beleza.

Fica-te bem o negro, o azul, o verde.
Tudo em ti é a cor que quer rasgar na concepção de mim.

Basta-me um olhar desmedido sobre imagens,
É suficiente percorrer-te ainda que não me vejas,
É suficiente a tua presença no que penso.

E de volta à sala de espera.

Onde ouves reggae e eu fico a ver-te
Em movimentos breves,
Toda uma calma nos teus braços leves,
Todo um brilho elegante dos teus tremendos lábios.

A sala de espera é onde estás, onde ficas, onde te vejo.

E eu espero.
Espero que te passe a confusão.
Espero que eu possa ser a melhor coisa que te vai acontecer.

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