Lábios leves





Onde podem dormir os teus riscos?

Correrias loucas pela tua inocência renascida,
Espreitando por vácuos infantis,
No teu lábio inferior, no teu lábio superior,
Formosa sapiência de quem na beleza ousa.

Eu vejo-te,
Alvejo as tuas costas com desenhos,
A tua tonalidade de claridade,
De quimera.

E por vezes também és estendida no receio dos teus cabelos,
Impetuosa sobre a verdade que ostentas,
Miraculosa face ao mistério da perdição.

E ganhas-me.
Ganhas-me quando meiga te tornas e me tinges com os teus beijos.

Encaracolas tanto os teus finos cabelos que me perco,
Derrotado por passadeiras que torneio.

Mas tu és toda olhos e cor,
Pele e cor,
Lábios e dentes de leviandade.

És para tudo o que penso,
Um pedido que não pensei pedir,
Uma resposta sem pergunta,
Um sonho sem noite.

E eu sou prudente na tua mesa,
Faço por ser ou querer,
Possivelmente para te dançar em dedos de malmequer. 


Comentários

  1. não dormem :)

    bom dia!
    tão lindo, o teu poema.

    M.

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  2. É sempre bom ler-te!
    Muito bonito o escrito em que te encontras. Digna será também quem merece tão bonitas palavras.

    Parabéns e continua!

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