Imaginação



sobressalta-me o teu descair,
em tons de amarelo que não compreendo,
como não quero compreender
quando fazes esse silêncio que tarda.

compreendo no entanto,
quando fumas,
e as tuas sardas

                                                                              (serão sardas)

e os teus lábios como andorinhas desenhadas,
e o teu interesse súbito que me rumina
desde Sakamoto
tocando em Herberto como em seda,

como a tua imagem de silêncio e poemas.

e não me cansas,
nunca me cansas quando em ti penso,
quando de ti imagino.

Comentários

  1. "e não me cansas,
    nunca me cansas"

    :)isso é tão lindo!
    .M

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  2. AS MUSAS CEGAS

    V

    Esta linguagem é pura. No meio está uma fogueira
    e a eternidade das mãos.
    Esta linguagem é colocada e extrema e cobre, com suas
    lâmpadas, todas as coisas.
    As coisas que são uma só no plural dos nomes.
    - E nós estamos dentro, subtis, e tensos
    na música.

    Herberto Helder


    Até onde a imaginação te consiga levar. :)

    R.

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