Da poesia no seu dia



Havia muito para contar no seu dia. Os metódicos da métrica, rimariam porque sim. Os pequenos de diário, desrimariam só porque sim.


(eu não sei ser poeta)


Os lentos que vivem à beira do rio, a esses caberia a tarefa de se esgotarem nas penumbras do esquecimento.


(mas que raio este de não saber ser poeta)


Neste dia os livros enterrados na planta da serra, na esperança criteriosa de nascerem bibliotecas no campo. E que bonito seria.


(e o eu-poeta tão longe das palavras)


E todos haveriam de saber ler uns para os outros. Como se isso fosse beber água e disso fosse dependente a resistência do universo.

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